É bem visível a evolução que já tivemos quando o assunto é diversidade nas empresas, contudo ainda é necessário um trabalho conjunto muito grande.
A evolução da força e dos modelos de trabalho aliados a leis em vigor que dizem respeito à discriminação contra pessoas LGBTQIA+ dentro e fora do ambiente de trabalho, trouxeram desafios para lideranças e profissionais de Recursos Humanos.
Em 2020, um estudo realizado pela Center for American Progress trouxe dados importantes sobre a participação de pessoas LGBTQIA+ no ambiente de trabalho: mais de um terço dos entrevistados disseram que o fato de fazerem parte dessa comunidade afetou negativamente a oportunidade de ser contratado por uma empresa de forma moderada a significativa.
Além disso, a pesquisa também mostrou que cerca de 30% das pessoas LBGTQIA+ enfrentam dificuldades no trabalho quando o assunto é salário e promoções internas. Até mesmo a capacidade de estar no cargo é colocada à prova em alguns casos.
Nesse artigo vamos falar sobre a discriminação no local de trabalho e dar dicas para evitar esse tipo de problema na sua empresa.
O que é a discriminação no Ambiente de Trabalho?
A palavra “discriminação” significa tratar alguém de forma diferente dos demais por algum motivo específico, seja ele gênero, religião, orientação sexual, etnia, entre outros. Quando trazemos isso para o ambiente de trabalho, a discriminação impacta contratações, promoções, benefícios e até mesmo demissões.
Na prática isso acontece porque as características pessoais de alguém são levadas em consideração ao invés de suas habilidades técnicas e comportamentais. E essa discriminação pode ocorrer de maneira intencional ou não. Em alguns casos o preconceito está tão presente na sociedade que atitudes são tomadas no automático.
Seja de forma contínua ou mesmo um incidente pontual, a descriminação é prejudicial para empresas e para a sociedade como um todo.
Os impactos da discriminação para as empresas
É papel do RH, dentro das empresas, trabalhar na implantação de políticas que evitem a discriminação contra funcionários por conta de orientação sexual ou identidade de gênero. Não trabalhar isso de maneira contínua e correta pode trazer grandes prejuízos.
Criar um ambiente de trabalho que celebre e abrace a diversidade e valorize a inclusão aumenta de forma significativa a atração e retenção de talentos. Especialmente entre pessoas LGBTQIA+ esse tipo de iniciativa é vista de uma forma positiva.
Além do perigo em perder talentos para o mercado por conta da discriminação, as empresas ainda podem sofrer consequências financeiras por conta de ações judiciais pautadas em situações de discriminação por conta da orientação sexual de um colaborador.
Deve estar sempre na pauta do RH ações e políticas que protejam os direitos de todos os funcionários e também os resultados financeiros da organização. Vamos agora conhecer alguns pontos que podem ser trabalhados pela área de Recursos humanos para construir um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo.
1. Inclua diretrizes de diversidade e inclusão nas políticas da empresa
O primeiro passo para trabalhar esse assunto é entender que vivemos em uma sociedade que está se desconstruindo com o tempo, e que situações de LGBTfobia podem acontecer, de forma intencional ou não, como comentamos anteriormente. Independente da intenção é necessário agir caso alguma situação do tipo.
Como forma de proteger os colaboradores e promover a diversidade, servindo também como uma espécie de respaldo para os colaboradores LGBTQIA+, crie regras e diretrizes descrevendo o que não é aceito dentro da empresa.
2. Utilize o nome social e os pronomes quando for se comunicar
Desde o processo de Recrutamento até uma possível demissão é indispensável que seja usada em todas as comunicações (verbal, por e-mail, por chat, etc) o nome social e também os pronomes escolhidos pela pessoa. Hoje o LinkedIn, por exemplo, já oferece a opção de adicionar pronomes no perfil, atente-se sempre a isso na hora de abordar qualquer pessoa.
E caso haja algum descuido e aconteça um erro na comunicação, corrija o pronome ou o nome correto e continue o assunto. Quando uma situação dessa acontece o foco é mostrar que você qual a forma que deve se comunicar e não no erro em si.
3. Treinamentos internos para educação dos colaboradores
Como falamos no primeiro item, vivemos em uma sociedade em desconstrução, que é em sua maioria heteronormativa. Levando isso em consideração, precisamos trabalhar para mudar esse pensamento e preparar todos para receber e acolher as diferenças.
Uma ótima forma de fazer isso é com treinamentos que falem sobre identidade de gênero, pronomes e nomes sociais, sexualidade e outros temas que tenham relação com o assunto. Criar uma cartilha que trate sobre esse tema, trazendo os pontos mais relevantes, também é uma ótima forma de conscientização, e você pode utilizar já no onboarding e fazer envios periódicos para o time.
Adotar e implantar a diversidade LGBTQIA+ nas empresas não é uma tarefa fácil, porém é de extrema importância para criarmos não só um local de trabalho igualitário, mas uma sociedade melhor para todas as pessoas. É papel do RH dar o primeiro passo na implantação de ações que promovam a inclusão dessa comunidade e vimos durante esse artigo a importância e como trabalhar isso na prática.
Quanto mais falarmos sobre esse assunto e mais empresas começarem a trabalhar isso dentro dos seus escritórios, mais perto estaremos de viver em um mundo mais justo e acolhedor, onde todos possam ser quem são sem medo.
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