Economia Comportamental e RH como pequenos ajustes podem melhorar a performance organizacional
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Descubra como pequenos ajustes baseados na economia comportamental podem melhorar a produtividade, retenção de talentos e engajamento no RH.
Você já parou para pensar em como pequenas mudanças podem impactar o desempenho das pessoas dentro de uma empresa? A economia comportamental tem mostrado que pequenos incentivos e ajustes no ambiente de trabalho fazem toda a diferença na produtividade e na forma como os colaboradores tomam decisões.
Apesar de ser uma abordagem que já revolucionou diversas áreas, no RH ela ainda é pouco explorada. Mas, quando aplicada corretamente, pode ser uma grande aliada para melhorar o engajamento, a retenção de talentos e a satisfação no trabalho.
O que é economia comportamental?
Diferente da economia tradicional, que pressupõe que tomamos decisões de forma totalmente racional, a economia comportamental mostra que estamos sempre sendo influenciados por fatores psicológicos, sociais e emocionais. Ou seja, muitas vezes escolhemos caminhos não tão lógicos assim, e é aí que os vieses cognitivos entram em cena.
Esses vieses influenciam nossas escolhas diariamente, desde o que vamos almoçar até como lidamos com desafios no trabalho. No RH, compreender esses fatores pode ajudar a criar um ambiente mais favorável à tomada de boas decisões, aumentando o bem-estar e a eficiência da equipe.
Nudge: um empurrãozinho para o sucesso
O conceito de nudge, popularizado pelo economista Richard Thaler, é um verdadeiro coringa para o RH. Em português, ele significa algo como “empurrãozinho” – uma pequena mudança que pode guiar as pessoas para escolhas melhores sem impor regras rígidas.
Imagine que você quer incentivar hábitos saudáveis na empresa. Em vez de simplesmente dizer “comam mais frutas”, que tal colocá-las em locais mais acessíveis e visíveis? A probabilidade de as pessoas optarem por uma alimentação equilibrada aumenta bastante. Outra aplicação interessante está nos comunicados internos. Pequenos ajustes no tom e na forma como as informações são apresentadas podem aumentar significativamente a adesão a treinamentos, programas de bem-estar e até pesquisas de clima organizacional.
Até mesmo a forma como um feedback é dado pode ser influenciada pelo nudge. Em vez de apenas apontar falhas, que tal destacar os pontos positivos e sugerir melhorias de forma mais construtiva? Isso gera mais engajamento e motivação para crescer dentro da empresa.
Como os vieses cognitivos afetam o ambiente de trabalho
Já percebeu como às vezes tomamos decisões baseadas em informações superficiais? Isso acontece porque nossa mente usa atalhos para processar tantas informações ao mesmo tempo, o que pode gerar vieses cognitivos. No ambiente corporativo, isso tem um impacto enorme.
Um dos vieses mais comuns é o viés de confirmação. Isso significa que tendemos a buscar informações que reforcem nossas crenças e ignoramos as que vão contra elas. No RH, isso pode levar a contratações enviesadas e avaliações de desempenho injustas. Outro viés muito presente é o efeito de ancoragem, que faz com que a primeira impressão tenha um peso exagerado em nossas decisões. Sabe aquele candidato que se apresentou muito bem na entrevista inicial, mas depois mostrou que não tinha as habilidades necessárias? Isso acontece porque a primeira impressão influenciou o julgamento final.
Além disso, o viés de disponibilidade faz com que tomemos decisões baseadas em informações mais fáceis de lembrar, mesmo que não sejam as mais relevantes. No dia a dia, isso pode impactar promoções, reconhecimento de talentos e até mesmo a distribuição de tarefas dentro da equipe.
Pequenos ajustes que fazem a diferença na performance organizacional
A forma como as informações são apresentadas dentro da empresa pode mudar completamente a forma como os colaboradores interagem com elas. Se você quer melhorar a experiência do time, comece tornando as mensagens mais claras e amigáveis. Um simples lembrete sobre prazos de forma bem estruturada pode evitar esquecimentos e melhorar a organização do time.
Outro ponto importante é a maneira como os benefícios são oferecidos. Muitas empresas possuem ótimos programas de bem-estar, mas a adesão é baixa porque os funcionários não entendem bem as vantagens. Explicações mais diretas e acessíveis podem fazer com que mais pessoas participem e aproveitem esses recursos.
O engajamento e a produtividade também podem ser impulsionados com pequenas mudanças. Por exemplo, a gamificação pode tornar treinamentos e desafios internos muito mais interessantes, aumentando a participação e o aprendizado. Além disso, feedbacks mais frequentes e positivos geram muito mais impacto do que apenas uma avaliação anual.
Outro fator que faz diferença é o layout do escritório. Ambientes mais abertos e que incentivam a interação entre os colaboradores podem aumentar a colaboração e a criatividade. Pequenos ajustes na disposição dos espaços podem facilitar esse processo.
Como melhorar a retenção de talentos
A retenção de talentos é um dos grandes desafios das empresas hoje em dia, e a economia comportamental pode ajudar bastante nisso. Criar programas de reconhecimento baseados no comportamento dos colaboradores, e não apenas em metas numéricas, pode tornar o ambiente de trabalho mais motivador. Além disso, oferecer um plano de carreira estruturado ajuda a evitar aquela sensação de estagnação que leva muitas pessoas a buscarem novas oportunidades.
Outro ponto crucial é entender o que realmente importa para os funcionários. Pesquisas de clima organizacional bem elaboradas podem ajudar a identificar ajustes simples que fazem toda a diferença no dia a dia. Às vezes, flexibilizar um pouco a jornada de trabalho ou oferecer benefícios mais personalizados pode ser o diferencial para manter bons profissionais na equipe.
Conclusão
A economia comportamental tem muito a contribuir para o RH, mostrando que pequenas mudanças podem gerar grandes impactos. Compreender como as pessoas tomam decisões e usar esse conhecimento para otimizar processos internos pode melhorar o engajamento, a produtividade e a retenção de talentos.
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Sumário
Saiba como a economia comportamental pode otimizar o RH, melhorar a produtividade e aumentar o engajamento com pequenas mudanças estratégicas.
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